Acidente de Trajeto é um Risco Ocupacional?

Olá, eu sou Rodrigo Ramalho, e em meus anos de pesquisa em Segurança no Trânsito Laboral, confirmo um dado crucial que Técnicos de Segurança e gestores de RH não podem ignorar: 27,3% dos acidentes de trabalho são de trânsito. E o mais impactante é que 24,6% desse total são categorizados como acidente de trajeto.

Isso significa que, legalmente, o deslocamento diário do seu colaborador — da casa para o trabalho e vice-versa — é considerado uma extensão do ambiente ocupacional, conforme a Lei de Benefícios da Previdência Social. Eu alertei sobre isso ao analisar os dados do AEAT-2023: o acidente de trajeto exige que a empresa amplie sua visão de risco para a via pública.

Se o sinistro ocorre no trajeto habitual, a responsabilidade de gestão e prevenção é da empresa. Portanto, tratar o acidente de trajeto como um evento isolado é um erro estratégico que gera custos e insegurança jurídica.

Minhas pesquisas mostram que a falha humana e as pressões organizacionais estão na raiz de todo acidente de trajeto. Não é apenas o acaso; são fatores como a fadiga do trabalhador após uma jornada intensa ou a condução distraída (uso de smartphones), impulsionados, muitas vezes, pela pressa de cumprir horários.

Eu identifiquei que o risco é maior em setores como Hospitais, Transportes e Supermercados. Quando analisamos a fundo, a causa do acidente de trajeto não é só a imprudência individual, mas também uma cultura corporativa que, indiretamente, incentiva o risco ao não gerenciar adequadamente a fadiga ou ao criar metas que demandam velocidade. Conheça o ONSV.

A prevenção deve ser comportamental. Não adianta apenas falar de regras. Precisamos de programas que atinjam o cerne do comportamento do condutor, transformando a conscientização em uma prática segura e proativa, minimizando o risco do acidente de trajeto.

A Falha Humana e as Pressões por trás de cada acidente de trajeto

O que é Consciência de Segurança Comportamental?

Conheça o conceito que está revolucionando a Segurança Comportamental no Brasil.

O impacto de um único acidente de trajeto vai muito além do custo imediato do reparo ou tratamento. Acidentes comprometem a produtividade e a sustentabilidade de forma sistêmica. Minha análise dos indicadores mostra um aumento imediato do absenteísmo, a sobrecarga das equipes remanescentes e, inevitavelmente, a elevação dos custos operacionais.

O custo indireto é massivo: gastos com seguros, despesas jurídicas, contratação e treinamento de substitutos, e a perda de produtividade decorrente da interrupção das tarefas. O acidente de trajeto é uma sangria financeira que muitas empresas ignoram por não o classificarem como um risco interno.

Ao integrar a Segurança no Trânsito Laboral ao sistema de gestão, a empresa transforma um custo potencial em um investimento com retorno garantido na saúde dos colaboradores e na eficiência operacional.

O Caminho para Zero Acidente de Trajeto: governança e ação integrada

Para eliminar o risco de acidente de trajeto, a solução não é simples; ela exige uma abordagem integrada e governança. Eu defendo que a Segurança no Trânsito Laboral deve ser um valor coletivo, envolvendo Poder Público, Setor Privado e Sociedade Civil.

Na prática corporativa, isso se traduz em pilares de ação que recomendo a todo TST e Engenheiro de Segurança:

Capacitação Contínua: programas que vão além do básico, focando em Técnicas Avançadas de Direção Defensiva e gestão de risco;

Gestão de RH: políticas claras sobre uso de celular, combate à fadiga e gestão de jornadas;

Monitoramento: uso de tecnologia para identificar comportamentos de risco, mesmo que fora do horário de trabalho;

Somente a integração dessas ações transformará a passividade do condutor em uma consciência de segurança no trânsito, combatendo o acidente de trajeto em sua origem.

Os Custos ocultos do Acidente de Trajeto que afetam o balanço

A Segurança no Trânsito Laboral é um investimento estratégico. Meu objetivo é transformar o motorista reativo em um condutor inteligente e seguro.O acidente de trajeto é um indicador de que a cultura de segurança da sua empresa precisa ser estendida para a rua. Minha metodologia utiliza storytelling e Estudo de casos reais para criar uma conexão profunda e duradoura com o público.

A prevenção começa com a excelência técnica na condução e termina com uma cultura de responsabilidade. Ao focar no comportamento, garantimos a redução de acidentes e a consolidação de uma cultura que valoriza o ser humano.

Mensagem Final: a Prevenção Comportamental é o foco

PALESTRAS QUE TRANSFORMAM

Assista às palestras com o professor Rodrigo Ramalho.

Palestras de prevenção

Palestra Maio Amarelo

Educação Emocional no Trânsito